quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Essa brecha que não se fecha mais

para Lidia


É que desaprendemos um pouco a ser sozinhos depois que, no amor, nos tornamos homens reconhecidos pelos homens – nossa imagem belamente renascida e realçada no espelho do outro.

Não é que o amor tenha nos roubado a dádiva de sabermos amar a nossa solidão. É que o amor abre na vida da gente essa brecha de espaço para o deleite de tamanha e tão doce embriaguez compartilhada – essa brecha que não se fecha mais.

5 comentários:

Anônimo disse...

Li seu e-mail! Muito obrigada pela resposta. "Meu coração cresce dez metros e explode!" Preciso de respostas... Besos, besos. Lidia Maria

Fernando Aguilar disse...

Sua prosa foi muito bem articulada!O que é nós? Nada mais que, um "eu" e "tu" ou "você", só nos enxergamos no outro, como disse Lévi-Strauss. Abraços

ana f. disse...

ferida que a gente cutuca e não deixa que a casca se (re)forme


:post-scriptum:
eu e ela
eu e ele
eu e todos
nossa senhora desatadora dos nós

Marina. disse...

Tenho pensado bastante nessa tal solidão e acho mesmo que o amor é que nos une, por mais clichê que isso possa soar...

:*

Larissa Horta disse...

adoro seus textos!
já te contei q o link do seu blog está nos favoritos do meu pc?
bjo!