sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Mas ria

Nunca mais vi Maíra sorrir: na redondez de seu rosto aqueles mesmos olhos de amêndoas – mas sorriso, quase nenhum. (É feita de quê sua ira, Maíra? De pedra ou de musgo? De aço ou veludo?) Mas ria, nos tempos já idos, sem culpa ou por quês, sem mais nem medos – ria. Lembro quando me vinha mostrar suas miudezas na palma da mão, tirava daqui e dali uma exclamação à toa! E agora deu pra gostar só das reticências... Ah, menina.