domingo, 17 de maio de 2009

E agora sei, eu sou só
Eu e minha liberdade que não sei usar
Assumo a minha solidão:
Sou só, e tenho que viver uma certa glória íntima e silenciosa


Guardo teu nome em segredo
Preciso de segredos para viver



Lispector, C.

terça-feira, 5 de maio de 2009

nos intervalos do sono
(ao leve abrir dos olhos)
avistava aquela ilha

de luz


aquele corpo, pedaço de terra


– terra à vista!


epiderme do desejo

branco do sonho

suspiro do repouso

profundo




(o meu mergulho era o sono, águas gélidas e escuras, e o meu breve respirar era ver ali aquele corpo entregue ao acaso – como flor esquecida ao relento que só espera ser apanhada)