sexta-feira, 12 de março de 2010

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Mas bateu foi uma vontade,

uma saudade dessas noites quentes dos sertões onde eu nunca pisei o pé

Aquele cheiro de querosene,

a fumaça da lamparina derretendo o beijo de um casal sob uma luz amarela,

alguém lhe oferece uma aguardente.

À beira das janelas,

quando entardece,

as mulheres exibem bochechas fartas e avermelhadas,

esperando seus homens que voltam com suas glórias

e ganas.

As crianças na sala delirando a febre do dia,

um cão ladra.

5 comentários:

Gabriel Zocrato disse...

sua saudade é contagiosa, da vontade de correr pras origens desconhecidas.

Fiquei sabendo do seu batuque e quis muito ir. De querer não cesso, de ir nem começo.
Seja muito feliz!!! por toda a sua vida, naturalmente.

carinho,

zocrato

matheus matheus disse...

aceito um trago dessa aguardente.

Anônimo disse...

a memória é mística!

ana f. disse...

é sempre bom te escutar a voz

nina martins disse...

que cena mais boa...
delícia, dá vontade mesmo de estar nesse poema.


... eu quero pinga também!