sábado, 27 de junho de 2009

quis

um poema que tivesse a medida certa dessa dor

de querer


um poema

que então me curasse

que beijasse (calasse) minha boca

me acariciasse os cabelos e os medos

um poema que me fosse

em meu lugar


que por fim então me acolhesse

(e eu, exaurida, me entrego)

em sua trama macia de linhas tortas

2 comentários:

Clube Jatobá disse...

Um poema que - livre - se bastasse?

ana f. disse...

conseguiu