nos intervalos do sono
(ao leve abrir dos olhos)
avistava aquela ilha
de luz
aquele corpo, pedaço de terra
– terra à vista!
epiderme do desejo
branco do sonho
suspiro do repouso
profundo
(o meu mergulho era o sono, águas gélidas e escuras, e o meu breve respirar era ver ali aquele corpo entregue ao acaso – como flor esquecida ao relento que só espera ser apanhada)
2 comentários:
corpos são ilhas de calor
Entre velar e dormir, há um território cheio de despenhadeiros sobre os quais se é possível flutuar. Ali se flutua como flutuam os peixes.
No fundo dessas águas – que não são águas -, estão os corais e a música das flores que nasceram nas pedras.
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