terça-feira, 5 de maio de 2009

nos intervalos do sono
(ao leve abrir dos olhos)
avistava aquela ilha

de luz


aquele corpo, pedaço de terra


– terra à vista!


epiderme do desejo

branco do sonho

suspiro do repouso

profundo




(o meu mergulho era o sono, águas gélidas e escuras, e o meu breve respirar era ver ali aquele corpo entregue ao acaso – como flor esquecida ao relento que só espera ser apanhada)

2 comentários:

ana f. disse...

corpos são ilhas de calor

Clube Jatobá disse...

Entre velar e dormir, há um território cheio de despenhadeiros sobre os quais se é possível flutuar. Ali se flutua como flutuam os peixes.

No fundo dessas águas – que não são águas -, estão os corais e a música das flores que nasceram nas pedras.