Guardei no bolso as boas maneiras:
num espelho quebrado a ternura em cacos
Não gosto dos banhos porque
os banhos me desgastam
Me transformam irremediavelmente em limpa e com cheiro de nada
Deixei meus pudores e ascos na última esquina
Quero-me suja
assim como quero sujar o poema
(mais ainda do que fez Gullar)
Dias passam e abraço a mim mesma feito pedregulho
As pessoas quase não sabem ler pelas gretas o olor que exala do lírico de mim.
Um comentário:
banho bom, só de cachoeira...
lindo demais isso que ocê escreveu!
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