quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Guardei no bolso as boas maneiras:
num espelho quebrado a ternura em cacos

Não gosto dos banhos porque
os banhos me desgastam
Me transformam irremediavelmente em limpa e com cheiro de nada

Deixei meus pudores e ascos na última esquina
Quero-me suja
assim como quero sujar o poema
(mais ainda do que fez Gullar)

Dias passam e abraço a mim mesma feito pedregulho
As pessoas quase não sabem ler pelas gretas o olor que exala do lírico de mim.

Um comentário:

Anônimo disse...

banho bom, só de cachoeira...



lindo demais isso que ocê escreveu!