foram asas que se abriram
naquela brecha entre as horas:
acima dos poros das páginas
palavras lidas pairavam livres
latejando frescas vertigens
e eu
a desbravar delírios em rios alheios, mergulhei
até vislumbrar o
deslumbre no fundo da
ácida-alma-ávida
onde pulsava a poesia a retumbar espasmos
a inspirar faísca
nos velhos marasmos
Nenhum comentário:
Postar um comentário