quinta-feira, 4 de setembro de 2008

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e
numa dessas noites
ao dobrar a trigésima oitava esquina,
ouviu de alguém
que passava de carro
[alguém cujo rosto não foi percebido]

seu nome:

LUANA!

seu nome

num grito tão certo
num grito tão alto
tão rouco
tão forte

seu nome morando num grito
que nem ela mesma

ousara gritar.

3 comentários:

Rafael Sete disse...

Bacana suas quase-poesias Luana!

Você imprime certas peculiaridades nas palavras de coisas que adquirem valores relativos de pessoa pra pessoa, dos que elas gostam ou fazem, o que eu acho legal porque todo mundo tem um pouco disso. GENTE é um bom assunto para ser sempre explorado.

Abração moça!

Morvan Oliveira disse...

Seu tropeço poeto-embreagado no meu grito bêbado inesperado.

não sei disse...

as pessoas podiam me gritar mais vezes